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A Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela Polícia Federal, visa investigar uma suposta organização criminosa envolvida em uma tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, visando obter vantagens políticas, incluindo a manutenção do então presidente da República, Jair Bolsonaro, no poder. Além de Bolsonaro, outros alvos incluem o presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno, e os ex-ministros Braga Netto (Defesa e Casa Civil) e Anderson Torres (Justiça).
Segundo informações da coluna de Igor Gadelha, foram presos Filipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, e o coronel Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro na Presidência e atual segurança do ex-presidente contratado pelo PL. Outros indivíduos presos incluem Bernardo Romão Corrêa, coronel do Exército, e Rafael Martins, major das Forças Especiais do Exército.
A PF também deu um prazo de 24 horas para que Bolsonaro apresente seu passaporte, enviando agentes à casa onde ele se encontra, em Angra dos Reis, no litoral do Rio de Janeiro.
No total, estão sendo cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, incluindo proibição de contato com os demais investigados, proibição de sair do país com entrega dos passaportes em 24 horas, e suspensão do exercício de funções públicas.
As medidas judiciais foram expedidas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e estão sendo cumpridas em unidades da Federação, incluindo Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e Distrito Federal. Policiais também foram à casa de Augusto Heleno na Asa Norte de Brasília.(Vídeos abaixo)
Por volta das 6h30, veículos da Polícia Federal e da Polícia Militar do Exército foram avistados diante das casas de oficiais do Exército em Goiânia.
Também foram observadas equipes da corporação executando mandados na sede do Partido Liberal em Brasília, localizada no Complexo Brasil 21 (visualizações abaixo).

A PF deu 24 horas para que Bolsonaro apresente o passaporte Hugo Barreto/Metrópoles

PF deflagra Operação Tempus Veritatis contra o PL no Brasil 21 Hugo Barreto/Metrópoles

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é um dos alvos Hugo Barreto/Metrópoles
Atuação nas eleições
Investigações da Polícia Federal (PF) apontam que políticos e militares se aliaram para uma suposta tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito. O objetivo, segundo as apurações, era manter Jair Bolsonaro (PL) no poder e colocar em dúvida o resultado das eleições realizadas em 2022.
As diligências apontam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar ocorrência de fraude nas Eleições Presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital.
O primeiro eixo constituiu na construção e propagação da versão de fraude nas eleições de 2022, por meio da disseminação de que a urna eletrônica poderia ser adulterada, discurso reiterado pelos investigados desde 2019 e que persistiu mesmo após os resultados do segundo turno do pleito em 2022.
O segundo eixo de atuação consistiu na prática de atos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito, por meio de um suposto golpe de Estado, com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais no ambiente politicamente sensível.
O Exército Brasileiro acompanha o cumprimento de alguns mandados, em apoio à Polícia Federal.Os fatos investigados configuram, em tese, crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
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