O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta sexta-feira (14), em entrevista à Rádio Clube do Pará, que a chave para o crescimento da economia brasileira nos últimos anos está diretamente ligada à distribuição de riqueza. Segundo ele, esse modelo desafia as previsões dos analistas econômicos e das grandes instituições financeiras internacionais.
Os dados confirmam a tese do chefe do Executivo. Em 2023, o Brasil registrou um crescimento de 3,2%, superando as projeções iniciais de apenas 0,8%. Para 2024, as previsões do governo apontam para um avanço de 3,7%, contrariando estimativas mais conservadoras do mercado.
Lula relembrou um episódio ocorrido no início de seu mandato para ilustrar sua confiança na economia nacional. "Quando tomei posse, fui ao encontro do G7 em Hiroshima, no Japão. A diretora-geral do FMI me disse que lamentava que o Brasil cresceria apenas 0,8%. Respondi que ela não conhecia o Brasil nem o meu governo. E o que aconteceu? Crescemos 3,2%, quase quatro vezes mais do que a previsão inicial", declarou.
O presidente argumenta que a economia brasileira segue uma lógica diferente daquela utilizada pelos analistas tradicionais, que focam exclusivamente em macroeconomia. Segundo ele, o principal motor do crescimento está na circulação do dinheiro entre as camadas mais pobres da população. "Quando o trabalhador tem dinheiro no bolso, ele não compra dólar ou aplica em títulos. Ele consome, faz a economia girar", explicou Lula.
Essa dinâmica, de acordo com o presidente, impulsiona a geração de empregos e a expansão do mercado interno. "Se o dinheiro circula, o comércio vende mais, a indústria produz mais e há necessidade de mais contratações. Isso cria um ciclo positivo na economia", afirmou.
Lula também destacou programas governamentais que têm estimulado o crescimento econômico. O programa Nova Indústria Brasil, por exemplo, prevê investimentos de mais de R$ 1 trilhão em seis setores estratégicos da economia nos próximos anos. Além disso, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) conta com R$ 1,8 trilhão em investimentos públicos e privados.
"Estamos investindo para que o Brasil cresça de forma sustentável e com distribuição de renda. Não basta o PIB subir, é preciso garantir que a população se beneficie desse crescimento", concluiu o presidente.
Com a economia superando previsões e uma agenda de investimentos robusta, Lula se mostra confiante de que o Brasil continuará a surpreender o mercado e consolidar um modelo de desenvolvimento baseado na inclusão social. Com informações 247
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