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BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Economia, Fernando Haddad, declarou nesta segunda-feira que a definição sobre a concessão de dividendos extraordinários aos acionistas da Petrobras é uma responsabilidade da própria empresa, porém ressaltou que as discussões estão bem encaminhadas, inclusive com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"A decisão cabe à Petrobras, mas há avanços nesse sentido. Temos fornecido muitas informações ao presidente sobre a situação financeira da Petrobras. Conversamos com os diretores e alguns conselheiros para assegurar ao presidente que o plano de investimentos da empresa não será prejudicado por questões financeiras", disse Haddad em uma entrevista concedida a jornalistas no Ministério da Economia.
Segundo o ministro, a diretoria agora está em condições de tomar uma decisão de maneira tranquila. Ele também mencionou que os dados financeiros da empresa estão em linha com as expectativas e que o caixa da Petrobras está "sólido", mas ressaltou que o plano de investimentos da companhia é um desafio.
"É um desafio cumprir o plano de investimento da Petrobrás... porque a empresa não estava preparada mais para investir. Ela estava sendo dilapidada, de certa maneira, e agora está havendo uma reversão desse quadro, o que é bom para o Brasil e para a própria empresa, já que os investimentos que está realizando são rentáveis", afirmou.
Questionado sobre a possibilidade de substituição da diretoria da empresa, o ministro respondeu que esse assunto não está em sua "alçada", pois suas discussões com Lula se limitam aos aspectos econômicos da empresa, e não sobre a atuação do atual presidente, Jean Paul Prates, ou uma eventual troca no comando.
Na semana passada, fontes informaram à Reuters que a demissão de Prates era provável nos próximos dias, enquanto pessoas próximas ao CEO da estatal acreditavam que ele poderia resistir a essa "pressão", dependendo da avaliação de Lula. Conversas sobre a saída do executivo ganharam força depois que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, expressou sua insatisfação com Prates em meio às discussões sobre a distribuição de dividendos extraordinários pela empresa, questão que já havia causado atrito entre a estatal e o governo em março, mas que foi contornada na época.
Lula chegou a convocar uma reunião no domingo para discutir o assunto, mas acabou cancelando o encontro, de acordo com duas fontes, uma das quais afirmou que ele teria se sentido incomodado com o vazamento da informação.
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