Anteriormente já havíamos descrito a dura rotina do prefeito de rua que, doando a totalidade de seus proventos à caridade, vive na mendicância. Mas como ele sobrevive nas férias, sem as balas da recepção e cafezinho na prefeitura, sem um eventual convite de um servidor municipal para almoçar?
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No primeiro dos 30 dias, o alcaide se dirige cedo à estação rodoviária. Passa a manhã se oferecendo para carregar malas e recebendo pequenas gorjetas. Somente para quando soma dinheiro suficiente para uma passagem no Unigal para Porto Mauá, uma garrafa de Corote e um maço de Derby. A bagagem se resume a um saco plástico de lixo, onde leva a identidade, um cobertor, uma tesoura de cortar grama e uma camiseta de muda, doada por uma empresa de concreto. Tal peça gerou comentários maldosos que insinuavam ser uma recompensa por favorecimentos.
Chegando em Porto Mauá, o prefeito fica perto da alfândega, oferecendo-se para acompanhar brasileiros que desejam comprar bebidas na Argentina acima da quota pessoal. Se não consegue nada, vai a pé até as casas de veraneio, prestando-se a aparar os gramados com sua tesoura. Caminha sempre de havaianas, pois como afirmou, não nasceu para sujar os sapatos no barro.
E assim veraneia o mandatário. Antes de retornar, porém, ele vai até o túmulo do Sapucai nas Três Bocas, onde rende homenagens dando o grito de burrichó que lhe é característico.
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