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Sabado, 15 de Fevereiro de 2025

Brasil

Aliados do governo e políticos bolsonaristas travam 'duelo de bonés' no Congresso e mencionam a eleição de 2026

Governistas apoiaram os dois nomes eleitos para as presidências do Senado e da Câmara

La Gauche
Por La Gauche
Aliados do governo e políticos bolsonaristas travam 'duelo de bonés' no Congresso e mencionam a eleição de 2026
Senador Jaques Wagner (à esq.) e o boné de um parlamentar bolsonarista (Foto: Agência Senado I Reprodução / X)
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Parlamentares governistas e da oposição travaram, nesta segunda-feira (3), um duelo marcado pelo uso de acessórios. Aliados do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) utilizaram bonés nas cores azul ou amarela com a frase “O Brasil é dos brasileiros”, promovida pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, Sidônio Palmeira. Os oposicionistas usaram bonés com os dizeres “Comida barata novamente, Bolsonaro 2026”.

O senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e o deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) foram eleitos presidentes do Senado e da Câmara, respectivamente. O governo Lula (PT) apoiou ambos os candidatos.

 

A mensagem “O Brasil é dos brasileiros” foi divulgada para destacar a importância de preservar o funcionamento das instituições e legitimar os políticos eleitos pelo voto popular.

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No inquérito sobre o plano golpista, a Polícia Federal indiciou mais de 30 pessoas, incluindo Jair Bolsonaro (PL). A Procuradoria-Geral da República analisa os indiciamentos e, caso opte pela denúncia, encaminhará as investigações ao Supremo Tribunal Federal. O STF julga os investigados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, e pelo menos 371 pessoas já foram condenadas, com penas que variam de três anos a 17 anos e seis meses de prisão. Novos julgamentos ainda serão realizados.

A ideia defendida pela equipe de Lula também pode ser associada à tentativa de se contrapor a discursos bolsonaristas que, segundo o governo, incentivam políticas segregacionistas.

Na mensagem citada pelos congressistas da oposição, foi mencionada a inflação, que fechou em 4,83% em 2023. O índice ficou acima da meta de inflação (3%) definida pelo governo, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p.) para mais ou para menos. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou 0,33 p.p. acima do limite, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No Congresso, bolsonaristas destacaram a questão da “comida barata” porque, em 2023, o grupo de alimentos e bebidas foi o que mais impactou o orçamento dos brasileiros, com alta de 7,62% e um impacto de 1,63 p.p. no IPCA. Em seguida, vieram os grupos de saúde e cuidados pessoais (6,09%, impacto de 0,81 p.p.) e transportes (3,3%, impacto de 0,69 p.p.). Esses três segmentos representaram cerca de 65% da inflação no ano passado. Aliados do governo Lula atribuem a alta nos preços dos alimentos a fatores climáticos que têm prejudicado a produção agrícola.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que a gestão federal implementará medidas estruturais para conter o aumento nos preços dos alimentos. Segundo ele, a queda do dólar e a expectativa de uma safra recorde podem ajudar na redução dos custos. O governo pretende se reunir com empresários para discutir a redução dos juros e a diminuição dos custos para os produtores agrícolas.

A mensagem da oposição no Congresso também faz referência ao ano de 2026, quando será disputada a eleição presidencial. No último pleito, em 2022, Lula obteve 50,9% dos votos (60 milhões), enquanto Bolsonaro conquistou 49,1% (58 milhões). O petista evita comentar sobre as próximas eleições. 

Bolsonaro espera uma definição da Justiça sobre seu futuro político. Ele foi indiciado pela Polícia Federal em três inquéritos: plano golpista, fraudes em cartões de vacinação e venda ilegal de joias. A PGR recebeu as investigações da PF, e o próximo passo será a análise do STF. A Procuradoria pode oferecer denúncia contra os investigados ou solicitar o arquivamento do inquérito, sendo esta última hipótese menos provável. Com informações  Leonardo Lucena

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