Instalada em prédio e terreno próprios no centro de Santa Rosa, por empreendedores locais, a Ferramis vendia produtos da indústria nacional sem fazer chantagem política e eleitoral.
Uma rampa em caracol conduzia à sobreloja, com um gigantesco aquário margeando a subida, trazendo espanto e alegria às crianças. A seção de brinquedos era completa. Playmobils, ferroramas, falcons, kits de plastimodelismo, jogos de tabuleiro, consoles de Atari e Odissey, forte apache e autoramas.
Vendiam fogões, geladeiras, bicicletas, máquinas fotográficas e etc. Despachavam filmes de super 8 para revelação em Porto Alegre. Há 50 anos, essa loja de departamentos genuinamente santarrosense, proporcionava a experiência inovadora de consumo que alguns prometem hoje.
Muitos empreendimentos foram montados por ex-funcionários da Ferramis, que lá aprenderam a arte do bom comércio. A empresa instalada no elegante prédio da Avenida América, também ganhou inúmeros prêmios de campeã de vendas de geladeiras, bicicletas e etc, num reconhecimento das indústrias fornecedoras.
Os proprietários não se faziam conhecer. Não misturavam política e comércio. Não condicionavam o investimento à eleição deste ou aquele candidato. Nacionalismo era vender produtos brasileiros e não um patriotismo vazio que copia símbolos estrangeiros e comercializa produtos importados.
O tal encantamento já existiu na cidade, através de um comércio erguido e operado por santarrosenses, fomentador do desenvolvimento local. O Véio da Ferramis estava várias prateleiras acima. Sua loja era de outro departamento.
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