2024: Radicalizar esperanças e transformar vidas
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Ano de eleições municipais.
Além de ser momento para discutir o que está bom e deve ser mantido, e o que está ruim e deve mudar em cada município, este ano carrega, especialmente, um fator importantíssimo que abrange simultaneamente o país todo, todos os municípios do país.
Falo aqui da disputa ideológica, de projeto de sociedade, entre o PT (mais o conjunto das esquerdas e algumas forças democráticas de centro), e o bolsonarismo, alojado no PL, Republicanos, e em outros partidos.
De um lado a necessidade de afirmar e reforçar um projeto soberano de país, com investimento pesado em políticas públicas sociais, de resgate e ascensão de cidadania, e com foco no desenvolvimento econômico que produza riqueza desconcentrada e distribuída entre a população.
Do outro lado, a extrema direita bolsonarista, ávida por ampliar suas garras para dentro da institucionalidade, querendo conquistar o máximo de prefeituras e vagas em câmaras de vereadores, para impor e/ou fortalecer sua pauta, calcada numa guerra "cultural" movida a ódio e insanidade.
No plano de fundo dessa disputa, o tamanho que cada uma das forças irá consolidar no país, o que terá influência forte na disputa para o governo central do Brasil em 2026.
Por óbvio que o favoritismo de um lado ou de outro depende muito da região do país, e depende muito da hegemonia atual entre o eleitorado de um estado, de uma região de um estado, ou de um município.
São os quadros iniciais das disputas. Eles podem mudar, ou não.. depende da capacidade e possibilidade de tocar em corações e mentes das pessoas em cada município.
Do ponto de vista do PT e da esquerda de maneira geral, o que vai fazer diferença é a capacidade de conduzir, desde já , e com intensidade máxima no período eleitoral, estratégias de fazer política e fazer a disputa eleitoral que radicalizem as esperanças das pessoas, que mostrem com clareza que é possível transformar vidas para melhor.
É preciso afirmar que as pessoas têm rostos e nomes, que seus desejos, anseios e esperanças devem ser ouvidos, percebidos, com a firmeza e a sensibilidade de quem quer transformar isso tudo em alcance de cidadania e de oportunidades, e em despertar de consciências.
Claro que isso não é fácil.
Porque joga-se contra o poder econômico local, contra o peso do conservadorismo antigo, contra a onda persistente da insanidade, imbecilidade e imantação da extrema direita, e contra o próprio medo das pessoas.
Mas de quê deve ser feita a política pela esquerda senão de ímpeto e coragem.
De intensidade e obstinação por querer mexer em estruturas e apresentar o novo para as velhas esperanças daqueles que mais precisam ver um novo horizonte possível.
2024 precisa acontecer e terminar bem.
Que consigamos conter o avanço da extrema direita.
Que saibamos implodir sua pauta insana, que tenta colocar no centro da atenção das pessoas aquilo que de fato não é essencial em suas vidas.
Que tenhamos ímpeto para enfrentar o poder econômico local, em cada município.
Que saibamos conduzir disputas eleitorais afirmando que não é aceitável que a riqueza e as possibilidades de cada município sejam de propriedade e privilégio de poucos.
Que se tenha a centelha militante da coragem, tanto para reafirmar as ações e o caminho apontado pelas ações do Governo Lula, quanto para traduzir com clareza que a vida das pessoas acontece na casa, na rua, no bairro, na cidade , no trabalho, na escola, e é ali que devemos incidir.
Radicalizando esperanças...porque é assim que deve ser.
Durante o caminho, siga à esquerda.
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